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A música melhorando seu treino

música no treino

Por experiência própria, observei que atividades físicas seguidas de música sempre proporcionavam aos alunos da academia um grande estímulo. Mesmo indivíduos sem ritmo envolviam-se nas batidas da música e seguiam as aulas com entusiasmo. Muitas vezes alunos faziam pedidos de música para determinadas aulas e absolutamente esqueciam-se do grau de esforço em que estavam empenhados por estarem treinando ao som de suas músicas preferidas.

Qual o efeito da música no desempenho do treinamento?

Músicas provocam um sentimento de união entre as pessoas que estão juntas na execução da atividade física. Observam-se palmas, gritos e até cantoria quando determinada música, que atinge o gosto dos participantes, é executada.

Uma ferramenta e tanto para o professor que deseja estimular o grupo a exercitar-se com motivação. Afinal de contas, uma experiência satisfatória trará seu aluno de volta aos treinos e criará o hábito saudável de treinar com regularidade.

Curiosamente, pesquisadores do mundo inteiro também observaram o mesmo e foram a campo comprovar o que já se via na prática.

Dados interessantes surgiram:

– Todres (2007) concluiu nos seus estudos que a música age como um concorrente da dor, distraindo o indivíduo e tirando sua atenção, regulando a sensação dolorosa de músculos cansados.

– Para Angelim (2003), no aspecto emocional, músicas com vibrações mais lentas têm efeito relaxante, assim como, as mais rápidas, têm efeito de intensa estimulação neural.

– Outro estudo interessante é o de Santos (2008) onde indivíduos foram estudados enquanto caminhavam ouvindo músicas que gostavam ou que não. Obviamente, indivíduos tiveram desempenho superior (medido em metros numa quadra) quando ouviam seu estilo musical preferido e desempenho inferior quando ouviam estilos que não lhes agradavam.

Música nas aulas de ginástica

“Uma ferramenta e tanto para o professor que deseja estimular o grupo a exercitar-se com motivação”

No caso deste estudo em especifico, 50% do grupo gostava mais de “Rock Music” e foram os que obtiveram melhor desempenho na caminhada enquanto ouviam seu estilo preferido. Por outro lado, indivíduos que ouviam músicas que não gostavam, tiveram seus desempenhos diminuídos.

– Outro pesquisador, Martins (1996), afirma que o corpo já tem um ritmo próprio e está habituado a ser guiado por esse ritmo. Se a música proporcionar outro ritmo ao corpo, ele será absorvido facilmente e deixar-se-á levar pela música, melhorando o desempenho da atividade em que estiver engajado.

Não houve acordo entre os pesquisadores sobre o volume da música. Ficamos apenas com nosso bom senso.

Todos são unânimes em afirmar que a música estimula, envolve e facilita o desempenho da atividade física. Além desses fatores, ainda temos músicas que abaixam batimento cardíaco e controlam a pressão arterial, estimulam funções cerebrais – tais como centros de aprendizagem de línguas, memória e outros.

Não é de hoje que se sabe que a música influencia nossos corpos:

– A Medicina Tradicional Chinesa prega que determinados sons de instrumentos têm poder de cura;

– Antigos Pensadores Gregos e Romanos relacionavam música com saúde ou com doenças.

– Platão afirmava que música pode influenciar toda uma sociedade! (Ok, não vamos aí!)

A melhor definição que achei foi:

“Música é uma forma de linguagem ou comunicação que acessa diretamente as emoções sem que haja intermediação de palavras ou pensamentos racionais.”

Exercício físico também é uma forma de linguagem do movimento. Quando unidas, essas duas formas de expressão permitem alcançar níveis altos de desempenho, independente do nível em que nos encontramos.

Escolha suas músicas prediletas e aproveite sua melhor forma de treinamento. Com certeza sua motivação será aumentada e seus treinos, turbinados!

Marcia Novo
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