Como saber se estou estressado e ansioso?

ansiedade e estresse

Ansiedade e estresse duas palavras que a vida moderna nos trouxe, junto com várias descobertas e modernidades. Vieram também os medos e inseguranças que fizeram nosso sistema de autoproteção ficar maluco.

Mal do século? Podemos dizer Mal dos últimos dois séculos, pois no século XX já havia muita gente morrendo de Estresse.

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Morrendo de Estresse? Exatamente isso! Vamos Entender melhor esse vilões (que nem são tão maus assim).

Ansiedade e Estresse por Dr Geraldo Ballone

Em nossos ancestrais, assim como em outros animais superiores, o mecanismo da Ansiedade (e Estresse) foi destinado à sobrevivência diante dos perigos concretos e próprios da luta pela vida. Era o caso, por exemplo, das ameaças de animais ferozes, das guerras tribais, das catástrofes do tempo, da busca pelo alimento, da luta pelo espaço geográfico, etc.

No ser humano moderno, apesar dessas ameaças concretas não mais existirem tal como existiram outrora, seja por sua natureza, seja por sua frequência, esse equipamento biológico continuou existindo, persistiu em nossa biologia a capacidade de reagirmos ansiosamente diante das ameaças. 

Com a civilidade do ser humano, outros perigos apareceram e ocuparam o lugar daqueles que estressavam nossos ancestrais arqueológicos. Hoje em dia, tememos a competitividade e a segurança sociais, a competência profissional, a sobrevivência econômica, as perspectivas futuras e mais uma infinidade de ameaças abstratas e reais. Enfim, tudo isso passou a representar a mesma ameaça que as antigas questões de pura sobrevivência, as quais ameaçavam nossos ancestrais.

Se na antiguidade tais ameaças eram concretas e a pessoa tinha noção exata do objeto a combater (fugir ou atacar), localizável no tempo e no espaço, hoje em dia esse objeto de perigo vive dentro de nós. As ameaças são abstratas, mas nem por isso menos agressivas; elas vivem, dormem e acordam conosco.”

Sistemas reguladores de sobrevivência – criados para nos salvar do perigo e, nos tempos modernos, tornaram-se inimigos e estão dentro de nós.

ansiedade e estresse

Existe um nível de ansiedade e estresse que fomos feitos para suportar. Seguindo a linha de pensamento do Dr. Ballone, uma ameaça externa não dura para sempre.

Um animal não vai atacar-nos 24 horas por dia, 7 dias na semana! Esse sistema funciona bem porque tem um pico e depois desaparece, dando lugar a calma e controle de todos sistemas envolvidos.

O que tem ocorrido com o homem moderno é que esse pico de estresse persiste muito mais do que deveria, desequilibrando um sistema já abalado.

Esclarece Dr. Ballone: “Durante a Reação de Alarme, o chamado Sistema Nervoso Autônomo (SNA) participa ativamente do conjunto de alterações fisiológicas.

Trata-se, este SNA, de um complexo conjunto neurológico que controla, autonomamente, todo o meio interno do organismo através da ativação e inibição dos diversos sistemas, vísceras e glândulas.”

Alterações que ansiedade e estresse podem causar

ALTERAÇÕESOBJETIVOS
a) aumento da frequência cardíaca e pressão arterialo sangue circulando mais rápido melhora a atividade muscular esquelética e cerebral, facilitando a ação e o movimento
b) contração do baçolevar mais glóbulos vermelhos à corrente sanguínea e melhora a oxigenação do organismo e de áreas estratégicas
c) fígado libera glicosepara ser utilizado como alimento e energia para os músculos e cérebro
d) redistribuição sanguíneadiminui o sangue dirigido à pele e vísceras, aumentando para músculos e cérebro
e) aumento da frequência respiratória e dilatação dos brônquiosfavorece a captação de mais oxigênio
f) dilatação das pupilaspara aumentar a eficiência visual
g) aumento do número de linfócitos na corrente sanguíneapreparar os tecidos para possíveis danos por agentes externos agressores

Essa modificação vem acontecendo conosco desde os primeiros hominídeos e é um sistema automático, difícil de controlar. Eles são desencadeados pelo que os especialistas chamam de “estressores”- estímulos que provocam o SNA e este reage adequadamente para manter nossa espécie viva e dominante (aparentemente tem funcionado bem).

Animais têm a mesma reação (coloque um gato perto de um cão feroz e ele ficará estressado). “No ser humano esses estressores costumam ter duas origens. Eles podem ser externos e, principalmente, internos.

Os estímulos estressores externos representam as ameaças do cotidiano de cada um, seja uma ameaça física, tanto sobre a segurança pessoal quanto em relação à saúde, seja uma ameaça moral, econômica, etc., enfim, são ameaças exteriores à pessoa.

Por sua vez, as ameaças internas provêm dos conflitos pessoais de cada um, os quais, em última instância, refletem sempre nossa sensibilidade afetiva diante da vida, das perspectivas futuras, da situação atual e mesmo das desavenças passadas. Como se suspeita, no ser humano os estímulos internos são aqueles que desempenham maior papel no desenvolvimento e manutenção do estresse.

Essas ameaças normalmente são interiores, abstratas, continuamente presentes e freqüentemente invencíveis.”

Observa-se uma ativação vigorosa dos sistemas corpóreos, predispondo o indivíduo sob estresse a agir ou fugir.

Havendo uma afetividade problemática, insegurança e/ou pessimismo, a pessoa sentirá as ameaças internas continuamente e, nessas circunstâncias, poderemos ter o esgotamento por persistência do agente estressor.” Conclui Dr. Ballone.

E você, tem picos de ansiedade e estresse? Leia esse artigo que explica o que fazer quando se sentir ansioso ou estressado, clique aqui.

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