Se você está começando a pedalar ou já pedala há algum tempo deve estar cheio de dúvidas, como funciona as marchas na bike, com certeza é uma delas. Nesse artigo, vamos tentar esclarecer um pouco seu funcionamento e como isso pode afetar sua performance.
Vamos nos ater a uma parte muito específica. Na verdade, duas partes: a coroa e a catraca, ou seja, a parte dentada, responsável por aliviar ou não a força das pedaladas.
A relação de marchas é muito variável, e atualmente, já se descobriu que mais não significa necessariamente melhor. Para bicicletas de estrada, as chamadas speeds, 20 marchas normalmente são mais do que o necessário.
Para mountain bikes, 30 marchas é o máximo, mas relações de até 12 marchas já são encontradas. Ainda existem as famosas single, urbanas com uma única marcha, sem freio e sem trocadores, que abordam mais um lifestyle muito popular nos últimos tempos.
E acredite: estamos abordando de forma muito geral a questão das marchas. Ainda podemos falar de bikes híbridas, de bikes voltadas para situações muito específicas ou daquelas bicicletas que um colecionador faz só pensando no mais exclusivo o possível.
Mas vamos falar do mais comum, do básico e entender como funciona as marchas na bike. E começamos descobrindo a diferença entre as duas principais partes da marcha.
Como funciona as marchas na bike: A catraca
A catraca talvez seja a parte mais famosa do conjunto de relação da bicicleta. Ela pode ter de 6 a 11 marchas.
A dimensão das coroas deixa a marcha mais lenta ou mais pesada, quanto maior a coroa traseira, mais leve será a marcha, pois o giro que a corrente fará será maior, aliviando a pressão.
Durante uma atividade de bicicleta a catraca é o componente que recebe a maior pressão das pedaladas, exigindo que ela tenha uma resistência maior. Por isso, as coroas da catraca são menores, tornando-se mais rígidas do que o pedivela. E por falar em pedivela, vamos falar deste componente agora.
Como funciona as marchas na bike: O pedivela
Tradicionalmente, o pedivela costumeiramente tinha 3 coroas, o que garantia que as relações mais tradicionais tivessem 18, 21, 24 ou 27 marchas. Porém, muita coisa mudou nos últimos tempos.
No pedivela, a força age de forma contrária à realizada na catraca. Dessa forma, quanto maior a coroa, mais pesada a bicicleta fica, justamente o contrário do que acontece na parte de trás. Porém, é importante lembrar que o pedivela também tem outros componentes como os rolamentos (que estão internos, em contato direto com o quadro) e os pedais.
Conforme já mencionamos, o mais comum é que o pedivela tenha 3 coroas. Porém, percebeu-se que muitas vezes é possível utilizar o mesmo número de marchas da parte traseira da bicicleta sem necessariamente ter as 3 coroas, diminuindo o peso da bicicleta.
Assim, ficou mais comum ver bicicletas com pedivela de duas ou de uma só coroa. Quanto menor a quantidade de coroas na parte da frente das marchas da bicicleta, maior pode ser o número de marchas na parte traseira.
Assim, é possível criar bicicletas com duas coroas na frente e 10 atrás, por exemplo. Nesses casos, as marchas podem ser todas usadas, garantindo uma eficiência maior para quem pedala. O cruzamento de marchas, muito comum em bicicletas mais antigas, não acontece nesse caso. E por falar nisso, você sabe o que é o cruzamento?
Cruzamento de marchas: ou eficiência ao invés de força.
Pense: se você está na marcha menor da parte de trás (a mais pesada) é para pedalar com força, buscando velocidade, correto? Por isso, a parte da frente das marchas precisa estar na coroa maior, que também é a mais pesada. Quando deixamos a marcha de trás e da frente na menor, por exemplo, cruzamos as marchas, o que prejudica a qualidade do equipamento, sua vida útil e seu desempenho.
Por isso, é importante lembrar sempre de usar as marchas mais leves de trás com a mais leve da frente, as marchas mais pesadas de trás com a mais pesada da frente e usar da segunda à penúltima marcha de trás com a coroa do meio que fica na frente. Assim, evita-se o problema de desgastar o equipamento desnecessariamente.
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