Há muitos atletas com diabetes que são lideres em suas modalidades. Pois é. Não à toa, é um mito o fato de que a doença os impeça de atingir seus objetivos em quadra, campo ou no pódio.
E pensando nos tabus envolvendo este assunto que separamos neste artigo tudo o que você precisa saber sobre a relação diabetes x esportes. Vamos começar?
A relação entre diabetes e os esportes
É um grande mito o fato de que indivíduos com diabetes não podem realizar atividades físicas – ou pelo menos, na mesma intensidade de pessoas que não são portadoras da doença.
De acordo com endocrinologistas e médicos especialistas em geral, indivíduos com diabetes devem SIM praticar esportes – ainda mais visto que estes ajudam na diminuição da glicemia e no próprio controle do peso. Além disso, a prática também oferece benefícios para a pressão arterial, para o colesterol e até mesmo para o cérebro e coração.
Durante a prática de exercícios, o que acontece é o seguinte: a energia (glicose) é captada pelo músculo e multiplicada – o que resulta em uma drástica queda nos níveis de açúcar/glicose na corrente sanguínea. Além disso, durante as atividades, o corpo do diabético melhora sua sensibilidade à insulina, o que faz com que a entrada de glicose nas células seja facilitada.
A recomendação da própria Sociedade Brasileira de Diabetes é que adultos portadores da doença realizem, pelo menos, 150 minutos de exercícios físicos semanalmente – o que pode ser dividido em no mínimo três e em no máximo seis dias de atividade por semana.
Já em relação à doença, os esportes, ao melhorarem o aproveitamento da glicose pelos grupos musculares, fazem com que as próprias doses de remédios sejam reduzidas – o que diminui as chances do indivíduo de desenvolver demais doenças associadas a diabetes, tais como alterações nos nervos, retina, vasos sanguíneos, coração e rins.
Atletas com diabetes – seus esportes e curiosidades
A seguir, confira algumas curiosidades sobre grandes atletas com diabetes.
1. Leônidas da Silva
Você com certeza não imaginava que um dos melhores centroavantes do futebol brasileiro e também inventor do gol de bicicleta tinha diabetes. Apesar da condição, se manteve como um dos maiores craques do futebol do país e morreu aos 91 anos de Alzheimer.
2. Adam Morrison
Um dos maiores craques do NBA e atual jogador do Los Angeles Lakers, Adam Morrison foi diagnosticado ainda com 13 anos com diabetes do tipo 1. Mas isso com certeza não o impediu de realizar o seu sonho de se tornar um dos jogadores de basquete mais renomados do mundo todo.
3. Steven Redgrave
O remador e recordista olímpico achou que sua carreira iria água abaixo quando, em 1997, descobriu ser portador de diabetes do tipo 1. Porém, em 2000 competiu e se tornou campeão olímpico em Sydney pela 5ª vez consecutiva.
4. Arthur Ashe
O tenista norte-americano foi o grande responsável pela profissionalização do tênis no ano de 1968. E adivinha? Nesta mesma época ele já era portador de diabetes.
5. Sugar Ray Robinson
O boxeador, que é um dos melhores de todos os tempos, teve diabetes tratada com insulina por longos anos de sua carreira. Ele morreu em 1989 de Alzheimer.
6. Chris Dudley
O jogador de basquete que fez carreira na NBA por longos 16 anos tem diabetes desde antes mesmo de entrar no time. Ser portador da doença, inclusive, o inspirou a criar uma fundação para diabéticos, incentivando-os a manter uma vida ativa.
7. Charlie Kimball
O corredor da fórmula Indy também é um incentivador quando o assunto é controle da diabetes para a prática de esportes. Só para se ter uma ideia, quando veio ao Brasil ele recebeu crianças com diabetes para contar a elas como lida com a doença em meio às corridas.
8. Gary Hall
O nadador norte-americano Gary Hall, conhecido hoje como um dos melhores nadadores do mundo, quase teve sua carreira interrompida em 1999, quando seus médicos disseram que o diagnóstico da diabetes do tipo 1 atrapalharia o seu desempenho dentro das piscinas. Porém, as vitórias prosseguiram e Hall se tornou o mais velho competidor em olimpíadas em 2004, quando foi qualificado com 80 anos de idade para a competição.
Cuidados que o atleta diabético deve ter na hora de praticar esportes
Logo após o diagnóstico de diabetes, o recomendado é que o portador da doença converse sobre a prática de esportes com seu médico ou especialista. Isso porque, em um primeiro momento, nem todos podem prosseguir com a mesma intensidade de treinos ou darem início ao esporte com a frequência desejada.
Mas, de modo geral, a prática de exercícios físicos sempre faz parte da evolução do paciente – sendo estes aliados do tratamento da diabetes.
Recomenda-se, ainda, que os esportes realizados sejam aeróbicos – assim como a corrida, caminhada, ciclismo, natação e hidroginástica. E a razão é a seguinte: esses exercícios movimentam grandes musculaturas, assim como pernas, braços e coxas. Por isso, o aproveitamento da glicose corporal é maior, reduzindo picos de gordura visceral (encontrada em órgãos como o fígado, coração e rim).
Se você tem ou conhece alguém que tenha agora já conhece atletas com diabetes e sabe que isso não pode ser obstáculo para praticar. Gostou? Compartilhe!
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