Tabela Nutricional – Lendo rótulos de alimentos Parte 2

lendo rótulos de alimentos

Ao ler os rótulos de alimentos nos deparamos com diversas terminologias que não entendemos ou são mal compreendidas, light, diet, integrais, glúten… você sabe o que significa quando aparece isso no seu produto? 

Relembrando o post anterior, o principal que se entenda é a tabela nutricional. Ver Parte 1:  Tabela Nutricional – Como ler os rótulos e entender o valor nutricional?

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Sempre foque primeiramente na quantidade de gorduras, sódio e fibras do produto. Esses são itens determinantes quando o assunto é qualidade.

Segundo a Anvisa, os ingredientes do alimento aparecem na ordem decrescente de quantidade, portanto, se procura um item integral, veja se o primeiro ingrediente é realmente a farinha integral. Tenha atenção especial quando o açúcar e as gorduras constarem no topo da lista.

Pessoas com restrições alimentares precisam estar ainda mais atentas à composição dos alimentos.

Nada adianta você controlar o sódio de um alimento se for encher de sal no preparo dos outros. Equilibre sua refeição toda.

Agora que já vimos como ler a tabela, vamos entender o que há no resto da embalagem e que nos causa muitas dúvidas.

Vamos entender algumas palavras dos rótulos de alimentos

DIET, LIGHT OU ZERO?

Diet: Tem isenção de açúcar e/ou proteína e/ou gorduras. Normalmente é indicado para portadores de doenças metabólicas como diabetes. Alimentos diet podem ter valor calórico maior que aqueles que contêm açúcar e nem sempre são úteis para perda de peso. O alimento diet isento de açúcar pode ser ao mesmo tempo rico em gorduras.

Light: Possui redução de calorias ou açúcares ou gorduras ou sódio ou outro nutriente em relação ao produto original. É indicado para pessoas que desejam reduzir o teor de açúcares, gorduras ou sal na alimentação. Nem todo alimento light é próprio para perda de peso. A redução calórica em certos alimentos é muito pequena.

Zero: Promete isenção de açúcar com redução de calorias ou isenção de nutrientes em relação ao produto original. De modo geral as indicações são semelhantes aos dos alimentos light. Quando o alimento é zero por isenção de açúcares também pode ser consumido por pessoas com diabetes.

No caso de refrigerantes, os produtos diet, light e zero não contêm açúcar e apresentam nenhuma ou menos que 4 kcal por 100 ml. A mudança da terminologia não implica em diferenças nutricionais significativas e a diferença entre os produtos está no tipo e quantidade de adoçantes utilizados.

Nos refrigerantes a base de cola, uma lata de 350 ml, nas versões diet, light e zero, apresenta zero kcal (calorias) e zero grama de açúcar. Já a versão comum possui 148 kcal e 37g de açúcar.

lendo rótulos de alimentosZERO LACTOSE?

O mesmo acontece com produtos que apresentam a indicação Zero Lactose. Aparentemente o produto não deveria conter leite, entretanto, há diversos produtos no mercado que utilizam o leite em suas preparações e acrescentam uma enzima, denominada lactase, que faz com que a pessoa que tenha INTOLERÂNCIA À LACTOSE possa consumir.

Entretanto, esses alimentos não podem ser utilizados pelas pessoas que apresentam ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE, que não podem consumir qualquer tipo de produto que contenha leite (queijo, biscoitos, doces). São patologias diferentes, uma não está relacionada à outra.

ZERO GLÚTEN?

Com relação ao Glúten há uma enorme dificuldade sobre a rotulagem, pois não há legislação na Anvisa que determine o critério que deve ser utilizado. Muitas empresas optam por colocar a informação “Contém Glúten” por medo de contaminação cruzada.

rótulos de alimentosO glúten é mais um tipo de proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e até no malte, que em pessoas com INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN causa mal estar e distúrbios intestinais. Mas a ALERGIA AO GLÚTEN pode levar a morte.

Por isso as empresas, com seus alimentos industrializados, acabam preferindo colocar “contém glúten” em suas embalagens por conta da contaminação cruzada. Hoje em dia, apenas empresas que trabalham somente com alimentos sem glúten podem colocar em suas embalagens “Zero Glúten” ou “Não contém glúten”. Mas sempre deve-se ler no rótulo do alimento as informações. “Pode conter traços de glúten” não causará muitos problemas para alguém que tem intolerância leve, mas para quem tem alergia, isso pode levar a morte.

INTEGRAL MESMO?

Todo mundo que quer fazer dieta já sabe que pelo menos uma coisa tem que fazer – acrescentar os integrais na dieta. Temos hoje uma imensa variedade de alimentos integrais, como aveia, gergelim, linhaça, arroz, trigo, bem como os alimentos feitos destes grãos, por exemplo, pães, massas e biscoitos.

rótulos de alimentosMuitas pessoas preferem consumir produtos integrais em vez dos tradicionais, em busca de uma alimentação saudável com mais vitaminas, minerais e fibras. Mas a questão é: será que estes produtos são mesmo integrais como diz na embalagem?

A simples presença da palavra “integral” não significa que o alimento é 100% integral. É muito importante ficar atento aos ingredientes presentes nos rótulos quando comprar alimentos integrais, como os pães, por exemplo.

Aqueles pães que anunciam no rótulo que são feitos de grãos integrais, podem ter sido feitos exclusivamente com farinha de trigo branca e os grãos integrais somente foram adicionados à massa, ou seja, este pão não é integral, mas sim, os grãos que estão presentes nele.

Como dito no começo deste artigo, uma forma de saber se o alimento é integral ou não é observando se no começo da lista de ingredientes aparece farinha de trigo integral ou farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico.

A ANVISA estabelece que o pão integral é feito obrigatoriamente com farinha de trigo e farinha de trigo integral e ou fibra de trigo e ou farelo de trigo. Mas o que causa dúvidas é a quantidade.

Para ser considerado integral deve apresentar 51% ou mais de farinha integral. Entretanto, ainda não é possível saber a porcentagem de cada ingrediente.

Vamos continuar observando a lista de ingredientes, o primeiro sempre será o que tem em maior quantidade.

PRAZO DE VALIDADE

Primeiro de tudo e que eu considero o mais importante – o prazo de validade. Atente-se à data especificada no produto, compre sempre os mais recentes que estão nas prateleiras. Eles geralmente estão escondidos no fundo, para que os antigos sejam vendidos primeiro.

Um alimento vencido pode causar distúrbios alimentares, alergias e mal estar. Fique sempre atento, e veja na embalagem se após aberto o tempo de validade é reduzido.

Outro fator essencial é o modo de conservação evitando contaminações e a proliferação de bactérias e fungos.

Agora você pode ler os rótulos de alimentos e rapidamente entender se aquele produto é bom para você ou não, ou se é apenas marketing para atrair mais consumidores.

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Até a próxima!

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